Antigamente, o papel do professor em sala de aula era simplesmente passar o conteúdo. A principal fonte de conhecimento era a biblioteca. Hoje, pais e alunos têm exigido mais desse profissional, pois o amplo acesso às informações faz com que as mudanças se tornem cada vez mais rápidas e profundas. A tarefa não é fácil e ensinar é vocação de poucos.
O professor e coordenador de Filosofia/Sociologia, Norberto Mazai, do Centro Educacional Leonardo da Vinci, avalia que são inúmeras e profundas as mutações que, de forma acelerada, vêm ocorrendo na sociedade e no sistema educativo, fazendo com que professores, pais e alunos invistam de preocupações mais amplas. “A exigência, nesse caso, é uma educação que esteja situada na realidade e que promova a interação humana, a emancipação e a responsabilidade de todos os envolvidos”, avalia.
Para atrair a atenção em sala de aula, Norberto conta que não faz nada de extraordinário. “Sou eu mesmo, com minhas alegrias, convicções e com o respeito por cada existência que se apresenta a mim”. Para ele, o professor deve encantar, instigar, arrastar os alunos por seu exemplo de busca e amor pelo conhecimento.
Atento ao novo conceito de educar, o coordenador argumenta que os agentes responsáveis pela educação devem ajudar os alunos a desenvolverem mais do que o aspecto intelectual. “Tornou-se necessário, além de instigar a busca pela justiça e pela responsabilidade, educar para a sustentabilidade, para o mercado de trabalho, para o exercício pleno da cidadania e para o desenvolvimento de outras áreas, como a dos sentimentos, a artística, a criativa, a ética, a reflexiva e a existencial”, explica.
Norberto defende ainda que o educador precisa suscitar o desenvolvimento holístico do educando, com todas as suas potencialidades. “Isso transcende os saberes unicamente intelectuais. Também, não menos relevante, devemos compreender os alunos, as atitudes destes para com a educação e para com os seus semelhantes”, finaliza.