Mais de 250 alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental das três unidades do Centro Educacional Leonardo da Vinci se reuniram no último dia 11 para a realização da ONUVINCI Júnior. Os jovens simularam a Câmara Legislativa do Distrito Federal, ressaltando o Plano Habitacional de Brasília e a questão da moradia no DF.
Essa é a segunda edição do evento, que conta com a organização do professor de Geografia, Farid de Aguiar. Segundo o professor, o objetivo da ONUVINCI Júnior é ampliar o conhecimento transmitido em sala de aula. Divididos em turmas de 24 alunos, cada estudante se vestiu de deputado distrital para defender a problemática da moradia no estado e suas consequências.
Tiago Costa, de apenas 12 anos, acredita que a ONUVINCI Júnior é o local ideal para novas oportunidades. “Eu participei ano passado e achei muito interessante. Conheci, por exemplo, uma lei que não não tinha conhecimento e, como a minha mãe é advogada, pude até discutir com ela sobre o tema. O evento pode me ajudar bastante no futuro se eu seguir, por exemplo, carreira na advocacia, conhecendo textos e leis”, ressalta o aluno.
Emiliano Alves Amorim, que garante também um aparato acadêmico à ONUVINCI e à ONUVINCI Júnior, conta que a parceria começou após a participação da escola na Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SINUS). “Com a simulação ocorrendo dentro da escola, os temas que são discutidos podem ser escolhidos pelos próprios professores, ou seja, o que é visto em sala de aula pode ser discutido nos comitês, como a temática do vestibular, por exemplo. O aluno participante é mais que um ouvinte, é um palestrante", destaca.
Segundo Emiliano, a ONUVINCI Júnior talvez seja a parte mais importante de toda ONUVINCI. “Muitas pessoas não acreditam que os alunos do 6º e 7º anos tenham a mesma capacidade de aprendizado que os alunos do Ensino Médio, mas a partir do momento em que há uma intervenção na vida dos estudantes mais novos, como o projeto, onde ele vai parar tudo que está fazendo, colocar um traje formal, conviver com universitários e ao mesmo tempo tentar encontrar soluções diretas para o nosso país, não é algo somente válido, mas fundamental”, completa.
É o que aconteceu com a aluna do 7º ano, Ana Flávia Muniz, que perdeu a timidez graças a sua participação no projeto. “Ano passado aprendi a ter mais convivência porque era muito tímida e consegui aprender muitas coisas. Este ano poderei fazer muito mais”, comemora. Rodrigo Santos, também do 7º ano, participou da primeira edição e conta que mudou seus pensamentos e a maneira como vê o trabalho dos políticos. “Vários amigos meus que já participaram me incentivaram, disseram que a proposta é muito boa e meus pais também dão apoio. Hoje, vejo o quanto os políticos trabalham, o tanto que eles têm que pensar, no que se baseiam as propostas, as leis”, relata o estudante.
E os projetos não param por aqui. Cerca de 30% dos alunos de cada escola que trabalha com simulações são convidados a participar do Modelo Internacional do Brasil (MIB). No Distrito Federal, o MIB será em outubro, quando os melhores serão escolhidos para concorrer com candidatos de todo o Brasil. “A ONUVINCI Júnior e a ONUVINCI são portas de entrada para um mundo maior. Essa é a competição na parte de oratória e negociação que busca a paz. O Leonardo da Vinci sempre foi muito bem representando, com alunos que conseguem chegar até a final nacional e ao grupo especial G8, formado pelos melhores do país”, finaliza Emiliano Alves Amorim.