No próximo sábado (18/5), a partir das 14h30, nas unidades de Taguatinga e da Asa Norte, alunos do Centro Educacional Leonardo da Vinci vão participar da primeira fase da Olimpíada Brasileira de Física, promovida pela Sociedade Brasileira de Física. A Olimpíada tem por objetivo incentivar o ensino de ciências no País e, de modo geral, identificar novos talentos para a área científica, além de estar conectada à Olimpíada Internacional, que este ano acontece no mês de julho, na Dinamarca, e à Ibero Americana, em setembro, na República Dominicana.
O coordenador de física da escola, Prof. Robert de Alencar, revela que o interesse da escola é justamente estimular os jovens a participarem e se envolverem com as ciências exatas. “Em Brasília, estamos entre as instituições de ensino que se destacam e conseguem os melhores resultados, inclusive, já tivemos alunos nas Olimpíadas Internacionais”, afirma.
Entre os 300 alunos inscritos para a prova de 2013, Andressa Beatriz Beltrão, aluna da 3ª série da unidade de Taguatinga, vai fazer o exame pela segunda vez. Ela foi até a terceira fase em 2012, mas pretende chegar mais longe este ano. Além disso, já participou da Olimpíada de matemática e foi medalhista na de química. “Eu sempre tive o hábito de estudar, mas desde que entrei no Leonardo da Vinci, passei a ter mais apoio para fazer as provas”, conta.
A aluna relata que tira todas as tardes para se preparar. “Não quero me arrepender por não ter me esforçado. Exijo de mim porque sei que vou precisar. Qualquer meia hora livre eu aproveito para ler e revisar as matérias”. Para Andressa, fazer a prova é uma maneira de ter contato, também, com questões de níveis mais altos.
No Leonardo da Vinci, os alunos são incentivados a conhecerem suas capacidades e ultrapassarem seus limites, por isso, de acordo com a professora de física, Flávia Castelo Branco, a Olimpíada é um momento oportuno para isso. “Às vezes eles acham que não têm condições, aí se deparam com a prova e veem que dá para avançar muito mais”, diz. Para a professora, outro aspecto importante é quanto à concorrência nacional. “Para o nosso aluno que pensa em fazer outros vestibulares, ele pode perceber como está frente à concorrência no Brasil”, explica.
O ex-aluno Hugo Pereira cursa, atualmente, Engenharia de Controle e Automação na Universidade de Brasília - UnB. O universitário foi medalha de prata pela escola e garante que o Leonardo da Vinci foi responsável pela sua preparação. “Após o resultado, recebi propostas de bolsas, mas permanecer na escola era, com certeza, a melhor opção”, diz.
Com três medalhas de ouro, o colégio se destaca e seus alunos são persistentes. Alexandre Torres, da 3ª série, unidade de Taguatinga, participa da Olimpíada desde o 9º ano e não pretende desistir. “Sempre gostei da matéria e tenho muita facilidade. Faço a prova para testar meus conhecimentos. No 9º ano e na 1ª série do ensino médio, cheguei à segunda fase, na 2ª série fui até a terceira. Estou confiante”, destaca. O aluno participou da monitoria de Física durante dois anos, colaborando com as dúvidas dos colegas e corrigindo relatórios no laboratório de física da escola. “Era importante para relembrar o conteúdo e revisar algumas questões”.
Para Alexandre, o mais importante é participar do processo. “É uma competição, mas vejo como um momento em que posso colocar em prática o que aprendo na escola. Gosto de atuar nessa área e penso em fazer algo ligado a programação”, ressalta.
Para os alunos, conseguir uma medalha é muito importante, mas não é exclusivamente isso que dá motivação para realizarem a prova. “Acho que o resultado é positivo, ainda que não seja campeão, porque nos leva a aprofundar os estudos. Não ficamos presos a um único conteúdo e vamos além”, confirma o estudante.
A segunda fase da Olimpíada Brasileira de Física já está marcada para o dia 10 de agosto, e o processo está em andamento para que, diferente dos outros anos, quando as provas eram aplicadas somente na UnB, a escola seja uma das sedes de aplicação este ano.