Publicação: 16/09/2013
Alunos que deixaram os estudos para o segundo semestre ainda têm chances de recuperar as notas para passar de ano
Menos de quatro meses para o fim do ano e o fantasma da reprovação atormenta os estudantes que estão com notas vermelhas. É nesse período que os plantões de dúvidas ficam cheios e os professores começam a ser mais lembrados. O tempo é curto, mas com muito estudo e dedicação ainda é possível fugir da reprovação.
Com a ajuda dos pais e professores é possível criar uma rotina de estudos que vai preparar o estudante para as provas finais. “Basta fazer um bom planejamento de estudos, envolvendo frequência obrigatória nos plantões de dúvidas e foco nas disciplinas mais difíceis”, incentiva o professor de matemática do Leonardo da Vinci, Genildo Marinho.
Os alunos deixam para estudar na véspera da prova e acham que podem revisar a matéria do ano todo em uma tarde, o que é um erro. Revisar sempre o conteúdo que foi explicado em sala e resolver exercícios ajudam o aluno a perceber o que ele tem mais dificuldade e levar o problema para o professor no dia seguinte. “A resolução do maior número de exercícios, principalmente nas disciplinas da área de exatas, deve ser feita no mesmo dia”, garante o professor.
Estudar não é complicado e cada um tem uma forma de guardar o conteúdo. Giovanni Scorfin, aluno do 1º ano do ensino médio conta que revisa a matéria diariamente. Para ele, o hábito do estudo ficou mais forte com a pressão do vestibular. Ele, que está em dúvida entre engenharia mecânica e relações internacionais, tem o apoio dos pais e da escola. “Tenho um bom rendimento escolar, minhas notas são altas, mas estudo para reforçar o que aprendi nas aulas, principalmente as que tenho mais dificuldade. Meus professores sempre me ajudam com as dúvidas e tenho o incentivo da minha mãe”, conta.
Primeiros anos escolares
O ensino infantil e o fundamental é a base para ter um desenvolvimento produtivo durante a vida escolar. É nesse período que a criança começa a gostar de ler e escrever. O contato com a escola deve ser um momento de prazer para a criança. É importante lembrar que não se deve criar uma expectativa de aprendizado. “Em uma sala com 20 alunos, cada um tem seu momento de aprendizagem. É importante respeitar e ensinar de um modo que desperte o interesse dos alunos”, declara a diretora da escola Espaço do Saber, Maura Carvalho.
Por meio do lúdico, com brincadeiras e jogos, a criança se desenvolve de forma divertida e o comprometimento dos pais com a escola é importante para o desenvolvimento. “No primeiro contato, a presença dos pais é importante, pois a criança não consegue estudar sozinha, mas após um determinado momento elapassa a estudar de forma menos dependente. O incentivo dos pais é sempre fundamental”, esclarece a coordenadora da Espaço do Saber, Márcia Rodrigues.
Segundo Carla de Oliveira, mãe de Maitê e Valentina Oliveira, com 5 e 6 anos as filhas demonstram interesse por livros de histórias e isso é estimulado tanto por ela como pela escola. Para as meninas, o momento de alegria é quando vão à livraria. “Lá elas pintam, leem, gostam muito do ambiente”, ressalta a mãe. Maitê e Valentina cursam o período integral, onde fazem a tarefa diária, mas a mãe garante, que participa em casa com a revisão das atividades. “Aos finais de semana eu acompanho as tarefa mais elaboradas e tiro as dúvidas que vão surgindo no decorrer do exercício”, conta Carla.
Rotina de estudos
Segundo a psicóloga Ana Clara Meneses, a rotina de estudo desde o início da vida escolar é importante. Com o hábito do estudo, o aluno aprende a organizar o tempo, fortalecer o senso de responsabilidade e aprende a utilizar os livros. “Os pais, quando presentes nesse momento, podem ter um papel muito importante para a superação de dificuldades, e ainda, de evitar futuras frustrações. Os pais devem estar atentos às necessidades, independentemente da idade”, explica a psicóloga.
O professor e sua relação com os alunos em sala de aula também tem um importante papel, pois o docente pode ser considerado a chave para o empenho do aluno, já que precisa demonstrar interesse e acreditar na capacidade do estudante. “A valorização da realidade do aluno é fundamental para desencadear motivação, e para que a escola e o estudo, se mostrem partes efetivas da vida do aluno”, adverte Ana Clara.
Estudos mostram que a relação entre escola, aluno e família é muito importante, pois a escola e família se apresentam como entidades fundamentais para o crescimento físico, intelectual e social da pessoa. “É preciso que a escola torne-se um centro de aprendizado permanente e que a família possa impulsionar a produtividade e o aproveitamento escolar”, conclui a psicóloga.
Fonte: Jornal da Comunidade
(14/09/2013)