Publicação: 24/09/2013
Mostra apresenta peças interativas que desvendam a história do maior império do Ocidente. É a chance de conhecer uma civilização que reinou por séculos
A civilização romana antiga inspirou a atualidade com muitas boas invenções. Engenharia, arquitetura e tecnologias criadas há séculos foram repensadas e são aplicadas até hoje em estradas, aquedutos e outras construções. Para revisitar algumas das grandes obras e conhecer a história da Roma Antiga com mais detalhes, o Centro Educacional Leonardo da Vinci, em parceria com o ParkShopping, promove a Exposição Roma, que funciona até 15 de outubro, na Praça Central do local. A mostra é inédita no Brasil e conta com peças interativas e muito curiosas do artesão florentino Gabriele Niccolai. Não deixe de visitar!
Viagem no tempo
A história registrou a civilização romana como o maior império do Ocidente. E tal grandiosidade é notável quando observamos com atenção as invenções e máquinas deixadas como legado. Coma necessidade de expandir o território e proteger o povo, os romanos tiveram que produzir um monte de ferramentas inusitadas. —Por meio dos artefatos que estão aqui, a gente conhece a trajetória do Império Romano do início da monarquia até o declínio.
E tudo isso garantiu a durabilidade de Roma, destaca a professora de história Celina Gomes, que acompanhava a mostra com seus alunos. Apesar de conhecer a história, ela ficou impressionada com algumas das peças, que tratavam de detalhar estratégias de guerra muito inteligentes! Dentre o acervo, a professora destacou a réplica do aríete com testudo, uma arma pesada que consegue derrubar portas, cancelas emuralhas, mas que recebeu o apelido de “tartaruga” por ser meio lenta. —A torre de ataque também é uma máquina muito inteligente!
Com vários andares, ela levava um monte de soldados e os protegia do ataque de flechas. Celina também aproveitou as invenções para relembrar com mais clareza alguns episódios da história da Roma Antiga. —O Coliseu, por exemplo, foi importante durante o império, pois recebeu lutas e espetáculos característicos da política do pão e circo!, esclarece enquanto aponta para a reconstituição do anfiteatro em maquete.
Aprendendo na prática
Se para a professora Celina, o passeio pela exposição acrescentou um novo olhar sobre a história da civilização romana, para os alunos que a acompanharam, o trajeto fez com que imergissem em um mundo totalmente novo!
Um grupo de estudantes do Centro Educacional Leonardo da Vinci conversou com o Super! e relatou o que havia de mais divertido por lá. Daniel Antônio, de 11 anos, ficou encantado com as roupas dos gladiadores e destacou a eficiência dos trajes. A galerinha também ficou de olho na maquete do Coliseu e admirou a organização dos cidadãos. —Nas batalhas, eles estavam sempre em ordem. A falange é a minha formação favorita, pois era uma forma inteligente de usar os escudos e proteger os soldados por todos os lados!, conta Layse Crystina, de 11 anos.
As crianças ficaram tão animadas que tentaram se imaginar na pele de alguns dos personagens daquela época. Daniel estava decidido em ser um filósofo, pois se sente atraído pela forma de raciocinar dos pensadores. Os gladiadores fizeram sucesso entre os meninos e até as meninas queriam lutar e provar o seu valor! —Eu gostaria de estar entre os patrícios e guerrear nas batalhas para reforçar o poder que as mulheres possuem, diz Layse. Já Helena Farage, de 11 anos, fez uma escolha inusitada entre os colegas. —Queria ser uma plebeia e me sentir na pele de uma pessoa humilde.
Os alunos se sentiram instigados pelo passeio e o fizeram novamente para saber o quão afiados estavam sobre o conteúdo. Com muita clareza, Daniel fala sobre a fundação lendária de Roma e a história dos irmãos Rômulo e Remo, que foram abandonados e resgatados por uma loba selvagem. —Após crescerem, eles retornaram para o lugar de onde vieram, tiraram o próprio tio do trono e o entregaram ao avô, que doou a eles algumas terras.
Em um conflito, Rômulo matou o irmão e reinou sozinho na terra em que ficou, sendo então o primeiro rei de Roma. Lucas Henrique, de 11 anos, também deu sua contribuição e falou sobre a importância de Julio César na construção das obras públicas. —Ele estimulou a construção de muitas estradas e deu trabalho aos plebeus. Pena que foi assassinado por ter sido tão bom com o povo, relata Lucas, sobre o episódio em que o líder foi atacado nas escadas do Senado romano.
Fonte: Correio Braziliense
(21/09/2013)