Qual é afinal, o grande objetivo de se passar no vestibular? Entrar na universidade e fazer um curso superior é a resposta óbvia, mas no fundo, o que se espera com isso? Ter um diploma e um emprego na área que gosta, construir uma carreira que traga o sentimento de sucesso e bem-estar, ser apto a viver fazendo aquilo que ama, enfim, seguir um sonho. A escola é o ambiente em que jovens em desenvolvimento passam cinco horas por dia, cinco dias na semana, durante 12 anos de suas vidas. Muito mais do que passar os conteúdos do vestibular de forma eficaz, é tarefa da instituição incentivar e fornecer as ferramentas necessárias para a concretização de projetos pessoais para o futuro e ainda: acreditar nos seus alunos e mostrar o que são capazes de fazer, onde são capazes de chegar.
A escola é onde se aprende a viver
“O Leonardo da Vinci me ensinou que a vida é mais do que o vestibular. Ele é uma etapa muito importante, claro, mas depois dela temos uma vida a seguir e temos que fazer o melhor dela”, declara Amanda Farago, 18 anos, estudante de engenharia ambiental na Universidade de Brasília. Hoje, ela tem como principal objetivo ser um destaque na faculdade e realiza várias atividades extracurriculares, como o PIBIC – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Amanda acredita que o apoio da escola passou confiança e motivação para dar sempre o seu melhor em tudo o que for fazer, “ela me ensinou que todos nós temos a capacidade e a possibilidade de sermos extraordinários naquilo que escolhemos fazer”, completa. Luiz Fernando de Assis Gomes, 26 anos, advogado, aprendeu noções de disciplina, moral e ética com a escola e “isso fez muita diferença na minha vida profissional, já que busco ser melhor todos os dias”. Hoje, ele é convidado para dar palestras na semana de orientação vocacional do colégio: “essa interação me faz muitíssimo bem, olho para os alunos e me vejo há alguns anos atrás cheio de dúvidas, vejo o quanto eu cresci graças a todo aquele apoio que recebi quando estava no lugar deles”, revela.
O colégio é a primeira instituição que as crianças conhecem depois da família, e a primeira experiência de vida em comunidade, assim como uma das principais referências em termos de constituição de valores individuais e coletivos e padrões de relacionamento, o que traz grande responsabilidade na formação dos futuros cidadãos da sociedade. Mariana Bittencourt Rabelo, 28 anos, publicitária concursada da Caixa Econômica Federal e Pabblo Cardelino Ghobad, 28, formado em engenharia de redes e servidor público do Senado Federal, se conheceram na escola, começaram a namorar na faculdade e hoje estão casados. O vídeo de casamento foi filmado na própria instituição, de tão marcante que ela foi para a história dos dois. “O clima da escola sempre foi propício para aproximar os alunos e intensificar amizades. Muitos dos nossos amigos da época são nossos amigos até hoje e foram padrinhos do nosso casamento”, conta Mariana. Foi na escola também que ela desenvolveu um gosto pela escrita, hoje é apaixonada e tem seu próprio blog de crônicas.
Preparar um indivíduo para a vida adulta envolve ensiná-lo a tomar inciativas, trabalhar em grupo, saber ouvir e a expressar suas opiniões, pensamentos e ideias. Também não basta apenas transmitir os conteúdos, é preciso que os alunos saibam fazer uso deles nas práticas do cotidiano, dar valor à história, saber relacionar o espaço geográfico com as sociedades que nele habitam, e o mais importante: saber interpretar informações e transformá-las em conhecimento, tendo a capacidade de usar a criatividade para a solução de problemas. Mário Henrique Dornelas, 28 anos, é médico-residente no HBDF e afirma que foi na escola que aprendeu a lidar com a vontade de desistir perante situações difíceis e a ter paciência na hora de resolver problemas, sem se desestabilizar em situações probatórias. “Lá eu tive a felicidade de contar com apoio desde a portaria até a direção. Alguns professores sempre me incentivavam a correr atrás de tudo o que eu quisesse e isso me inspirava muito. Fiz vestibular e passei, concurso e passei, prova de residência medica e passei”, explica.
Fonte: Correio Braziliense
Confira a matéria completa no link abaixo: