O novo acordo ortográfico passa a ser cobrado obrigatoriamente nas provas e redações de todos os vestibulares do Brasil deste ano, inclusive no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Entre as mudanças que ocorrem estão algumas que são potenciais armadilhas para os alunos durante as provas e na composição de suas redações.
Para que você não caia nessas pegadinhas conversamos com o professor de gramática do cursinho Oficina do Estudante, Ivan Perina, que nos forneceu algumas dicas e truques indispensáveis. Confira a seguir as três pegadinhas do novo acordo ortográfico que podem prejudicar sua nota no Enem e saiba e como evitá-las:
1. Trema
A nova regra para a trema é geral. Todas as palavras deixaram de ser escritas com ela. Palavras como linguiça ou tranquilo não possuem mais a antiga grafia e passam a ser escritas sem a trema. Cuidado para possíveis confusões na hora de escrever seus textos ou de marcar alternativas que contenham a ortografia incorreta.
2. Acentuação das vogais abertas
As vogais abertas causam muita confusão nos alunos. A palavra “ideia”, por exemplo, leva ou não acento agudo na letra “e”? De acordo com o novo acordo, não mais. O professor Ivan explica que as paroxítonas terminadas nas letras a/e/o não são mais acentuadas. “A reforma acabou com uma exceção a regra”, ele diz, já que outras paroxítonas, como cama, parede e aluno, nunca foram acentuadas. São exemplos de quem perdeu o acento: ideia, heroico e espermatozoide.
3. Hífen
Para não errar com o hífen, Perina indica uma estratégia usada em física, que é a da atração e repulsão de cargas positivas e negativas: cargas opostas (positivo e negativo) se atraem da mesma maneira como duas palavras que terminam com letras diferentes se juntam, por exemplo, "autoajuda" e "semiextensivo". Porém, se o prefixo (primeira palavra) termina com um letra e o sufixo (segunda palavra) começa com a mesma letra, elas se repelem, como em "micro-ondas" e "eletro-ótica". O mesmo serve para as palavras que começam com a letra "h", como em "anti-hibérico" ou "sub-humano". O professor explica, porém, que essa estratégia é um simplificação das regras, mas que na maioria das vezes pode ajudar os alunos a evitarem o erro.
Outro elemento que merece atenção é a variação linguística. Ela não muda, já que o novo acordo é apenas ortográfico. Porém pode causar algumas confusões para quem não estiver atento. Ivan recomenda cuidado. "Podem pedir a comparação com textos antigos, para que o aluno observe as diferenças."
Se você ainda tem dúvidas sobre as mudanças e deseja aprofundar seus conhecimentos no novo acordo ortográfico confira todas as explicações das regras e mudanças no especial "Aprenda de vez o Novo Acordo Ortográfico".
Fonte: Universia Brasil