Os fisioterapeutas despendem muito de seu tempo, tratando de problemas decorrentes de disfunção da coluna. A quantidade de horas de trabalho perdidas devido à presença de dores (dorsalgias) nas costas, em consequência de alterações posturais, é enorme.
Mesmo assim, cifras elevadas registradas subestimam a magnitude do problema, uma vez que, frequentemente, elas levam em conta somente os trabalhadores, não incluindo as donas de casa, os jovens, e principalmente, os estudantes, que permanecem várias horas sentados, estudando.
Além de ser economicamente desastrosa para o país e para os pacientes, a dorsalgia crônica pode levar as crianças, principalmente na faixa etária de 10 a 12 anos, a instalarem lesões crônicas na coluna, difíceis de serem tratadas.
Os desalinhamentos posturais são consequência de vários fatores, dentre eles a má postura, condução inadequada de objetos, obesidade, sedentarismo, tensões, inadequação do mobiliário e outras mais.
A coluna vertebral, por ser um suporte do corpo, é a mais prejudicada com sobrecargas, resultando no aumento significativo de problemas posturais na população mundial, tanto em adultos como em crianças1. As adaptações posturais adotadas no decorrer da vida são influenciadas por modelos imperfeitos com os quais se convivem e que acabam sendo integrados.
Necessita-se de um bom conhecimento do corpo e de modelos posturais adequados para manter uma boa postura. No caso de crianças em idade escolar, observam-se padrões de postura ao sentar, carregar mochilas e até mesmo da marcha inadequada, bem como da permanência na posição sentada por até 6h, com pequenos intervalos em pé, podendo levar a alterações posturais, fadiga e dorsalgias crônicas.
Daí a necessidade de medidas preventivas no sentido de avaliar precocemente as alterações posturais e de educar as crianças sobre as posturas adequadas ao estudar, carregar objetos escolares e para a prática de exercícios físicos orientados, evitando-se o comprometimento do sistema musculoesquelético do corpo.
O presente estudo vem ao encontro do papel primordial do fisioterapeuta na prevenção, ao avaliar precocemente as alterações posturais das crianças na própria escola, indicar, caso necessário, visitas ao médico especialista para uma avaliação mais criteriosa e possíveis correções, e ao informar o que pode estar ocorrendo de anormal com a coluna do aluno e como ele próprio pode desempenhar um papel primordial na sua prevenção e recuperação.
Fonte: Portal Educação