Atividades de grandes grupos musculares com capacidade de execução de diferentes movimentos em diversos segmentos corpóreos ao mesmo tempo (dissociação). Podemos citar alguns exemplos de atividades que requerem uma boa coordenação motora global: engatinhar, pular, andar, correr, saltar, rolar, escalar (...).
A boa percepção corporal, a capacidade de análise do gesto a ser realizado, o controle neuromuscular, que permite que o movimento seja realizado de maneira harmoniosa (com força, direção, amplitude de movimento, intensidade e velocidade adequados) e, a memória são fatores que já devem estar desenvolvidos para que haja uma boa coordenação motora global.
Este fator pode ser vivenciado (e /ou estimulado) através de exercícios utilizando movimentos simultâneos, alternados, sucessivos, alternados e sucessivos e assimétricos.
Quando existe algum tipo de alteração relacionado à coordenação motora global, podemos notar consequências como abaixo descritas:
• Gestos desarmônicos;
• Lentidão e movimentação brusca;
• Dificuldade de dissociar movimentos.
Coordenação Motora Fina
A destreza manual depende de um bom equilíbrio, postura e coordenação motora global. Refere-se aos movimentos de precisão de extremidades como, por exemplo, escrever, colocar linha em uma agulha, encaixar uma chave na fechadura (...).
Existem algumas variações como a coordenação óculo-manual (execução de movimentos de dependem da percepção visual e acompanhamento manual como, por exemplo, desenhar, escrever, arremessar uma bola em um cesto) e a coordenação viso-motora (movimento em resposta a um estímulo visual).
A preensão somente inicia sua adaptação à forma e função do objeto por volta dos 12 meses.
Quando uma criança em idade escolar inicia com exercícios de pré-escrita, não podemos desconsiderar todos os outros estímulos pelos quais ela já passou (ou não), que lhe proporcionaram uma melhor ou pior coordenação motora global, equilíbrio e postura. Até então, as brincadeiras e pequenas atividades cotidianas desempenhadas por elas, foram às responsáveis por essas aquisições.
Para que a criança alcance um objeto (por exemplo, um lápis), ela necessariamente solicita de seu corpo uma estruturação e sequência de eventos que devem ser muito bem coordenados:
• Visualização do objeto;
• Calculo inconsciente de distância, direção, força necessária, velocidade de ação;
• Adoção de postura / e posição que possibilite o alcance;
• Ação muscular integrada entre os responsáveis por estabilizar as articulações envolvidas (cintura escapular, cotovelo, punho e dedos) e os responsáveis por agarrar o objeto (músculos agonistas e antagonistas).
Com o decorrer do tempo e aplicação de estímulos direcionados e significativos, estas ações vão gradativamente se especializando, e cada vez mais, se tornando mais precisas e inconscientes.