Publicada em: 16/07/2013
Depois de a Universidade de São Paulo (USP) criar o primeiro Mooc (sigla em inglês para curso aberto, on-line e em massa) da América Latina, em junho, a primeira instituição de ensino superior federal a oferecer um curso do gênero no Brasil é a Universidade de Brasília (UnB). Elaborado em parceria com o portal Veduca, o Mooc de Bioenergética é o primeiro do País na área de ciências da saúde e está disponível on-line, gratuitamente, a partir desta quinta-feira, 11. Há ainda propostas de aumentar essa modalidade de ensino em outras universidades brasileiras.
Além da UnB, outras quatro instituições devem lançar cursos com o Veduca ainda no segundo semestre deste ano: o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), a Fundação Getulio Vargas (FGV) e as Pontifícias Universiades Católicas de São Paulo (PUC-SP) e do Rio (PUC-RJ).
"Os cursos devem ser na área de especialidades dessas universidades. O ITA tem uma expertise muito grande no setor de aeronáutica, por exemplo, e a FGV tem uma fortaleza muito grande nas áreas de administração, economia e direito", afirma o fundador do Veduca, Carlos Souza.
Já o Mooc da UnB foi criado para suprir uma falta de cursos on-line na área de biológicas. "Um curso como esse é básico, por exemplo, para qualquer médico. Hoje, o perfil de quem faz Mooc é o aluno de exatas e poucos são de ciências da saúde, exatamente porque falta cursos on-line nessa área", afirma Souza.
Qualquer interessado pode se inscrever no site veduca.com.br para cursar o Mooc de Bioenergética. As aulas são grátis e não há limite de prazo para se inscrever e até para concluir o curso - é o aluno que organiza o tempo de estudo. No entanto, os vídeos disponíveis foram gravados no segundo semestre do ano passado, em aulas dadas pelo professor Fernando Fortes de Valencia, da UnB, aos alunos de ciências biológicas de licenciatura e bacharelado da instituição.
Dividido em 14 aulas - com 1h20 e separadas em quatro partes, em média - o Mooc oferece fóruns de discussão, testes on-line e debates com o professor. No fim do curso, que em média leva três meses para ser concluído, haverá uma prova presencial e distribuição de certificado para quem for aprovado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: Estadão