Na última terça-feira (16), a presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de quatro novas universidades federais no Pará, Bahia e Ceará, além de novos campi universitários e 120 unidades dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia distribuídos por todo o País.
"Levar a educação para o interior do Brasil é o mesmo que construir um caminho para o desenvolvimento e para o conhecimento, para que esses jovens sejam capazes de produzir a inovação que precisamos", disse Dilma. Segundo ela, a expansão do ensino federal é importante para que o Brasil "ocupe o seu lugar no mundo, de ser uma das maiores potências".
Serão criadas as Universidades Federais do Sul da Bahia, com campi em Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas, do Oeste da Bahia, com campi em Barra, Bom Jesus da Lapa, Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, e IFETs em Xique-xique, Serrinha, Itaberaba, Alagoinhas, Santo Antonio de Jesus, Brumado, Lauro de Freitas, Juazeiro e Euclides da Cunha.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), a expansão será concluída com a entrega das obras de expansão de 12 universidades federais que terão 20 novas unidades até 2012. Esses campi já estavam previstos na etapa anterior do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
A notícia traz preocupações aos reitores
Eles temem que o governo não contrate a quantidade de profissionais – professores e técnicos administrativos – suficiente para suprir as carências já existentes nas instituições e atender a demanda futura.
“Não foram divulgados números. Não sabemos se nossas demandas foram atendidas e se, para as novas instituições, há previsão de mais profissionais”, afirma Roberto Salles, reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF). Para o reitor, a expansão prometida nesta terça é motivo de preocupação. “Ainda temos metas anteriores a cumprir”, diz.
Ele se refere aos compromissos assumidos entre as universidades e o Ministério da Educação desde 2003. Desde então, as vagas oferecidas nas universidades passaram de 109 mil em 2003 para 235 mil este ano. O número de municípios atendidos também dobrou. Em 2003, 114 cidades eram atendidas por universidades. Até o fim deste ano, o número chegará a 237.
Fontes: Último Segundo e Terra